quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ausência de amor Poema composto em dia de tristeza, tédio, desamor


Peito doendo,
Coração batendo,
E aquela vontade
 Inexplicável de saber o por quê 
Desse tal descaso,
Dessa irreverência,
Dessa ausência
De bem querença.
Uma vida dedicada,
O zelo descontrolado,
As noites mal dormidas
E o coração sofrendo
Com as dores presentes
Nos pequenos
Tão queridos,
Esperados, concebidos,
Abençoados por Deus.
Mas, o que me consola,
É que tudo isso ocorre
Na vida terrena,
Onde vários tipos
De alma há:
Bondosas, acolhedoras,
Parceiras, companheiras...
No entanto,
Há, também,
As perturbadas,
confusas,
Desconectadas,
Irreverentes, inconsequentes...
E, nessa altura da vida,
Já bastante sofrida,
O alento
Vem do alto,
Do sagrado,
Do celestial;
Pois, sei,
Que Deus é comigo
Em todos os momentos,
Fazendo-se presente,
Ajudando-me,
Amparando-me
Nesse meu caminhar
Incerto,
De criatura humana
Imperfeita,
Sedenta de melhorar,
Aprimorar,
Pra aprender
A aceitar
A falta de afeição,
A ingratidão,
A agressividade,
A ausência de humildade
Mas, apesar
De tanta dor,
Ajuda, Senhor,
Fazendo enxergar,
Reconhecer,
Aprendendo a conviver,
De maneira
Mais amena
Pra que a vida
A possa conduzir
Ao mundo real,
Levando-a a gerir
Sua própria vida,
Sem mágoa,
Ressentimento,
Levando-a a entender
Que não há donos
da verdade,
nem fórmulas
de felicidade,
mas que é preciso
reconhecer,
concordar,
ceder,
pra poder bem viver
e fazer a vida girar.

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