Sinto um ímpeto tão grande
De me fazer notar,
De me fazer entender,
,De ser
Alguém para alguém.
Uma necessidade premente
De ser gente,
De poder dizer pra alguém me escutar
Entendendo nas entrelinhas,
Essa dor que é só minha.
Por invisível estar.
Mas não falo
De toda a gente,mas, apenas,
Para alguns entes queridos,
Saídos de minhas entranhas,
Apesar de criaturas estranhas,
Indiferentes ,impermeáveis ,
Dotadas de toda frieza
Que se pode encontrar.
E eu, rodeada e só.
Às vezes sinto uma vontade enorme de gritar:
EU EXISTO, FAÇO PARTE DISTO,
MEU CORAÇÃO É PULSANTE,
EXULTANTE
DE TANTO BEM QUERER,
SÓ VOCÊS NÃO QUEREM VER..
Espero mesmo
Que em algum momento
Em que eu ainda exista
Alguém me note.
Me aceite como sou,
Para que eu descanse em paz
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