domingo, 17 de julho de 2011

PERFUME NO AR Poema produzido em16/07/11 Baseado em reminiscências

Ocasiões há
Em que um certo aroma
Nos  cerca,
Nos inebria
E até mesmo anuncia.
Nosso olfato,
Nosso grande parceiro,
Ajuda-nos a decifrar.
O vento que sopra,
 Colabora  ainda  mais ,
pois  é ele que traz
reconhecimento, lembrança,
de alguém assaz familiar.
E este aroma bom
Denuncia até mesmo
A presença
Ou, quiçá, a ausência
De alguém que nos marca
Ou nos marcou
Nalgum dia,
Nalgum tempo,
De algum modo.
E que não dá pra esquecer,
Posto que, foi importante.
Significativo, bom.
Ainda agora
Por mim passou um ser
Que em mim despertou
Tal sentimento,
Tal lembrança,
Fazendo meu coração pulsar
Mais e descompassadamente,
Querendo no tempo voltar
Pra reviver, intensamente,
O que não soube desfrutar.

O DOCE PRAZER DE ESCREVER 16/07/11

Quando vislumbro a presença
De  uma folha de papel,
Nalgum canto da casa,
Sinto-me completamente
Tentada a  preenche-la.
Então, dela me aproximo,
E a tomo em minhas mãos
E, quando dou por mim.
Lá estou eu a desenhá-la
Com palavras recém-despertadas
Dos sentimentos meus.
E fluem tão de repente,
Naturalmente,
Que, quase nem percebo
Seu desenrolar.
Dá-me um prazer imenso
Delas  poder fazer uso,
Embora, às vezes,
Pareça um abuso
Delas  poder desfrutar.
Fica mesmo um pouco confuso
Na minha cabeça
Aquela presença
Marcante, inebriante
De um sem número
De palavras combinadas,
Entrelaçada, revelando os dias meus.
No entanto, torna-se um vício,
Quando, em certos momentos,
Começo a escrever
E não consigo parar.
Chego mesmo a delirar
Quando vejo findar
Mais um dos trabalhos meus.
Poxa! Ele nasceu!
E agora é só festejar.
Como minh’alma exulta
Podendo escrever,
Desnudando minha passagem,
Revelando todo o meu ser!

GRACIA PLENA Momento de agradecimento ao Ser Supremo – 16/07/11

Ainda que eu viva
Muitos anos mais,
Não serei capaz
E talvez, nem mesmo digno
De agradecer:
A família edificada,
Os filhos abençoados,
Os netos adorados,
O trabalho digno;
Apesar de árduo,
Esta casa acolhedora,
O pão de cada dia
Em nossa mesa farta,
Nossa saúde preservada,
Os amigos generosos,
A inteligência,
A capacidade de aceitar
E perdoar, se necessário.
Poder acordar a cada dia
Em meio a meus entes queridos,
Partilhar atividades de lazer com eles.
Estar sempre pronto a ouvi-los,
Aceitando-lhes as limitações,
Poder vê-los crescendo
Lutando, empenhando-se
Por fazer merecer todo esse bem querer.
Como a tudo isso agradecer?

Essa tal felicidade Poema recém-saído do forno – 17/07/11

A vida inteira
Vivemos por ela buscando,
Incessantemente,
Constantemente,
Crendo mesmo
Que ela seria
A solução de
Todos  os problemas
Que a vida traz.
Mas, a cada tentativa
Aumentam nossas expectativas
E o coração a exultar.
Ah, dessa vez
Eu a irei encontrar!
E, a seguir,
Vem a frustração
Pela busca sem resposta.
E, chegamos mesmo
 a nos apegar a pequenos indícios
a pessoas à nossa volta
pra novamente
nos decepcionarmos.
Até que, um dia,
Já cansados, desolados,
Descobrimos a grande verdade:
Ela existe
E tão perto está;
Só nós é que
Não a soubemos enxergar.
A solução não estava
Do lado externo
Mas, sim, ao nosso lado,
Dentro de nós.
O tempo inteiro
Esperando pra poder surgir.
Pois é, muitas vezes
Buscamos, em vão,
Por coisas possíveis,
Acessíveis mesmo,
Em locais inadequados,
E, sofremos, sem saber,
Que, cá dentro
De nossos corações,
É possível despertar
A tal felicidade,
Que mora ao lado,
Por vezes adormecida,
Esperando despertar
Dentro de cada um de nós.
Para dela  desfrutar
É preciso ser paciente,
viver plenamente, serenamente
E, se ainda assim, se equivocar,
Há sempre tempo
Pra recomeçar,
Basta acreditar!

Agora é a hora Poema composto em 08/06/11

Acorda,
Bela adormecida,
A vida aí está,
À sua frente
E pede urgente,
 providências tomar.
Mobiliza-te,
Abre teu coração
E voa em direção
À solução
Dos anseios teus.
Ajuda-te a despertar,
Pois, esta  ação
Só depende de você,
Do teu querer.
E veja,
O tempo te arrasta
E, nada à sua vida acrescenta.
Pareces sem forças,
Acomodada, adormecida,
Apenas a sonhar.
E é evidente,
Que sonhos fazem bem,
Mas é preciso
Sair da ociosidade.
Caminhar, agir.
E, sem a outros atribuir
Esta tal incapacidade.
Pessimismo, agressividade.
E a tentativa de encontrar culpados
Não irão te ajudar.
O comando é teu.
A vontade deve ser tua,
Pra poder fazer acontecer,
Pra tua vida girar.
O teu destino mudar,
O que se faz necessário
É recomeçar,
Esquecendo mágoas,
Perdoando
E se fazendo perdoar,
Sendo complascente.
Uma boa dose de humildade
Poderá te  auxiliar.
Mas, principalmente
Deve aprender
A agradecer
Pela tua vida,
Apesar de desiludida,
Tuas  pequenas conquistas
e,sobretudo
a quem te ensinou a viver.
Sem a isto tudo reconhecer,
Tua vida continuará difícil,
Amarga,
Parecendo sem saída;
Pois viver
Implica em lutar,
Se entregar,
Sem arrefecer,
Dificuldades enfrentar,
Sem a nada temer.
É PRECISO ARREGAÇAR AS MANGAS
E SEGUIR EM FRENTE,
CRENDO NUM PODER
INFINITAMENTE MAIOR QUE O SEU.

A difícil construção do ser Poema produzido num momento de filosofar 08/06/11

Na vida fazemos escolhas.
Trilhamos caminhos.
Partilhamos momentos,
vivemos, vivenciamos,
participamos de muitas
e variadas situações.
A nossa meta
É sempre a mesma:
Construir, evoluir, acertar.
Mas, nem  sempre
Tudo dá certo.
Pois, viver
Envolve muito mais
Do que só a gente.
E nas voltas,
Que a vida dá,
Muitas vezes é preciso
Retroceder, repensar, desviar
E até mesmo abrir mão.
Mas desistir, nunca,
Pois há sempre
O amanhã
E, com ele,
Esperanças renovadas,
Energias recobradas,
Para o nosso intento alcançar.
Ocorre, que,
O inexorável tempo
Nem sempre
A tudo dá jeito.
E, assim,
Muito do que sonhamos,
E até mesmo,
Daquilo que ajudamos
 a construir
sai às avessas,
nos contradiz.
E isso nos faz infelizes,
Pois o conjunto
De nossas ações
Tinham um só objetivo:
Ter, criar, amparar,
Investir, proteger,
Acariciar, compreender,
Oferecer, partilhar,
Vibrar, torcer
Pra ver ser feliz,
Plenamente,verdadeiramente.

sábado, 16 de julho de 2011

Velho novo Compus esse poema por ocasião do término de um dos módulos do curso de computação, de que participei no CEFET,mais precisamente a 5 de junho de 2009.

Obrigado, senhor,
Pois mais uma vez aprendi.
E nem tão novo sou,
Mas, aqui estou,
Ansioso , curioso,temeroso,
Mas cheio de esperança
E de vida plena e amena.

Tenho a meu lado
Novos e bons companheiros,
Que, como eu, parecem sedentos
De saber mais, para,
Ainda uma vez
Aprender, conhecendo
Novas ferramentas
Que a inteligência
De novos e velhos
Nos podem apresentar.

São momentos mágicos
De descoberta e de festa,
Pois esse novo convívio
Coloca-nos a trilhar,
Juntos, mostrando-nos vivos,
Capazes, de coração jovem
E com mais essa bagagem
a  carregar
para  com muitos outros compartilhar.
Grata, senhor,
Por mais essa oportunidade me dar!

Ser/Estar Este poema foi composto no dia 17 de março de 2005 para uma ex-diretora, que tive, na ocasião, na Prefeitura Municipal de Caraguatatuba,que apesar de muito jovem, era muito competente e interessada..

Quando  se “é”,
Todo o mundo nota
E nada mais nos incomoda;
É tudo só prazer,
Apesar dos desencontros,
Dos desacertos,
Das voltas que a vida dá .


“Ser”, é chamar a si
Toda a responsabilidade,
De trilhar com dignidade
Postando-se em seu lugar,
P´ra tudo compartilhar.


É saber reconhecer,
Que apesar de tanto esforço,
Sempre há o que mudar
Pra poder acrescentar.
Como é difícil “ser”!

Já a tarefa
É tão mais fácil
Quando se “está”!
São pequenos atos momentâneos,
Atitudes impensadas,
Informações desencontradas,
Desacerto só,
Pois tudo pode esperar,
O mundo não vai acabar!


Se os homens ao menos soubessem,
A diferença
Que entre esses verbos há,
Muito se poderia ganhar.
Mas como pensar,refletir
Nem sempre é algo habitual,
Muitos preferem viver
Em eterno Carnaval,
`a toa na vida
Esperando a banda passar”. 

Nau Fragata Esse poema foi produzido num momento em que uma de minhas filhas pareceu-me triste com o final do namoro.

Tempos bons, ventos leves,
Vida boa, vida bela.
E assim seguia a nau
Em sua direção,
Embora, às vezes, balançasse
Pequenas marés a jogassem,
Mas  lá ia ela...E  que bela,
Que companheira!
E curtindo a vida  por inteiro.
E a vida seguia seu rumo;
Eu e minha nau,
Minha nau e eu,
Sempre juntos, complascentes.
Mas, de repente,
Eis o mar revolto,
Jogando, perdido,
Em meio a situações
Do inexorável tempo,
Temido, inesperado.
Enfim, após muitos obstáculos,
Veio a tormenta
E lutamos muito,
Sofremos, nos machucamos
E, apesar de tanto esforço,
Que louco,
Minha nau Fragata
Naufragou,
E, agora, eis-me aqui,
Só,sem a nau
Agora não mais minha.

Hoje, agora, nesse momento Este nasceu num desse dias em que se amanhece angustiado, enfadado da vida e, por vezes invisível. 20/05/11

Sinto um ímpeto tão grande
De me fazer notar,
De  me fazer entender,
,De ser
Alguém para alguém.
Uma necessidade premente
De ser gente,
De poder dizer pra alguém me escutar
Entendendo nas entrelinhas,
Essa dor que é só minha.
Por invisível estar.
Mas não falo
De toda a gente,mas, apenas,
Para alguns entes queridos,
Saídos de minhas entranhas,
Apesar de criaturas estranhas,
Indiferentes ,impermeáveis ,
Dotadas de toda frieza
Que se pode encontrar.
E eu, rodeada e só.
Às vezes sinto uma vontade enorme de gritar:
EU EXISTO, FAÇO PARTE DISTO,
MEU CORAÇÃO É PULSANTE,
EXULTANTE
DE TANTO BEM QUERER,
SÓ VOCÊS NÃO QUEREM VER..
Espero mesmo
Que em algum momento
Em que eu  ainda exista
Alguém me note.
Me aceite como sou,
Para que eu descanse em paz

Fase boa - Foi observando o comportamento da minha netinha que nasceu esse poema. Isso ocorreu no dia 08/06/11.

Cabecinha sonhadora,
Coração sempre pulsante,
Emoções à flor da pele,
Dificuldade de fazer escolhas.
Choro fácil,
Pura sensibilidade.
E aquela dúvida
Sempre presente:
Menina ou moça?
Às vezes faz o gênero
Menina,
Quando assim convém.
Mas, do nada,
Vira moça,
E reivindica,
Se explica.
Defende sua opinião,
Com  tal convicção
Tentando a todos convencer.
Mas quando o assunto
São ações, soluções
Mostra-se frágil,
Faz-se pequena
E se aproxima carente,
Dizendo-se incapaz
De sozinha resolver.
São problemas escolares
Fatos que exigem atenção,
Imaginação,criatividade,
Mas, que, às vezes,
São atropelados
Pelo frágil coraçãozinho
Batendo forte, doendo,
Impedindo a razão
De se aproximar.
Tudo é novo,
Assustador,
Sem fórmulas mágicas,
Gerando grande confusão.
E como é difícil
Conciliar, separar...
Mas entenda uma coisa,
Criaturinha adorável:
Tudo o que você
Agora sente,
Aquilo que lhe incomoda,
Fere e confunde,
Num dia,nem muito distante
A outros corações
Também aconteceu.
Pois é,
A vida passa,
Os dias correm
E o que eu mais espero
É que você seja
Muito feliz,
Que sinta-se plena,
Amada,muito amada
E com a vida a lhe sorrir.

Ágape Esse poema possui um sabor especial para mim, pois foi composto num momento literalmente de dor, num leito de hospital .No entanto,sendo agraciada por Deus, por um enviado seu, um desses anjos cuidadores , atenciosos,carinhosos a quem devo minha vida, minha saúde restabelecida.

Nos momentos mais difíceis,
Sempre a meu lado Ele está.
E  num certo momento,
Em que eu fragilizada estava,
Numa cama de hospital,
Mais uma vez por Ele fui contemplada,
Privilegiada mesmo,
Pois Ele enviou-me,
Para abrandar minhas dores
Um anjo seu.da Terra.
Uma criatura abençoada,
De muita luz,
Resplandescente. mesmo.
Conforto a meu coração trouxe,
Cuidando de minhas mazelas,
De forma plena, serena,
Dando a perceber
Seu amor incondicional:
DE IRMÃO FRATERNO,
GUERREIRO, COMPANHEIRO,
AFÁVEL, INCANSÁVEL,
A CARGO DE SUA MISSÃO;
MAS NÃO SOMENTE A DE DOUTOR
E SIM A DO VERDADEIRO CRISTÃO.
E,então, mesmo diante das dores
Houve a paciência
E, a certeza de que,
Em meio a esse mundo conturbado,
Há sempre os anjos do Senhor
Prontos a nos acolher,
Proteger,
Nossas feridas curar,
De peito aberto,
Procurando não demonstrar cansaço,
Mesmo depois da faina diária
E do corpo dorido.
E ainda vinha ele
C0om um sorriso acolhedor
Vibrante, capaz de iluminar
Mesmo nas noites mais soturnas.
Obrigada, Senhor,
Por  esyta graça ter recebido
E, hoje, aqui estar
No convívio da minha família
Plena, serena e feliz.

A vida passa e ... Esse poema também foi produzido em 20/05/11, momento em que ainda estava angustiada com pequenitos problemas do dia a dia.

Estrelinhas brilham,
Resplandecem,
Enfeitam noites sem fim.
São pequenas luzes
No firmamento
E eu, firmemente
Esforçando-me pra sobreviver.
Os dias são trisres, sombrios,
Enevoados, iguais.
E o tempo que passa,
Sem graça,
Sem ao menos me notar.
Talvez sua brevidade
Não lhe permita
Examinar
Pequenos pormenores.
E, então, dia após dia,
Tudo tão igual...
Nada de novo;
Até eu fiquei velha,
Mas cheia de sabedoria,
Vivência, experiência.
Mas aí é que está:
Pra quem essa herança
Deixar, se,
Nessa nossa era moderna,
Quem mais diz
E mais acrescenta
São as nets, os blogs,
Twitters,orkuts
E vai daí.
É,
A vida passa e
Não há como competir!